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Crédito de carbono e a sustentabilidade no agronegócio

Um dos grandes desafios para quem investe no campo é fazer com que a produtividade da área seja compensada pela produção agrícola ou pela criação de animais. Ainda assim, a ociosidade ainda é uma questão importante, especialmente num país continental como o Brasil, que tem muito a explorar em sua diversidade e extensão de territórios.

O Brasil é uma das maiores economias do mundo no setor do agronegócio. Segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a produção agrícola do país em 2020 atingiu 256,8 milhões de toneladas, enquanto a produção pecuária alcançou a marca de 33,5 milhões de toneladas. Apesar desses números expressivos, ainda há áreas ociosas e de baixa produtividade em diversas propriedades rurais do país. Isso significa que os produtores rurais estão perdendo dinheiro e deixando de aproveitar todo o potencial de suas terras.

A participação no mercado de crédito de carbono pode ser uma forma de otimizar a utilização dessas áreas, aumentar a rentabilidade da propriedade e contribuir para a preservação do meio ambiente. De acordo com dados da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), o agronegócio é responsável por cerca de 21% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e é um dos setores que mais emite gases do efeito estufa no país.

O setor também tem um grande potencial para reduzir suas emissões e contribuir para a preservação do meio ambiente. O Brasil possui cerca de 66% de sua área ocupada por vegetação nativa, o que representa um enorme potencial de áreas verdes que podem ser exploradas para a produção de créditos de carbono.

O mercado de crédito de carbono no setor do agronegócio brasileiro também pode ser uma solução para a ociosidade de propriedades rurais. Nesse sentido, a adoção de práticas sustentáveis pode ser uma alternativa para a utilização dessas áreas ociosas e obtenção de renda a partir disso. Com a cotação atual do crédito de carbono em torno de R$ 25,00 por tonelada, é possível que produtores rurais recebam até R$ 3.000,00 por hectare ao ano em créditos de carbono, dependendo das práticas adotadas e da área explorada.

Além disso, a participação no mercado de crédito de carbono pode ser uma forma de diversificar a renda da propriedade e aumentar a sua competitividade no mercado. A Abcarbon pode ajudar os produtores rurais a identificar as melhores práticas para redução das emissões de gases do efeito estufa e a obter os créditos de carbono correspondentes.

O mercado de crédito de carbono no setor do agronegócio brasileiro apresenta um grande potencial para a geração de renda a partir da adoção de práticas sustentáveis. Com a assistência da Associação Brasileira de Créditos de Carbono e Metano (Abcarbon), os produtores rurais podem explorar essa oportunidade e contribuir para a preservação do meio ambiente e a mitigação das mudanças climáticas. A associação é uma entidade sem fins lucrativos que tem como objetivo fomentar o desenvolvimento do mercado de crédito de carbono e metano no país, promovendo ações que contribuam para a mitigação das mudanças climáticas.

A Abcarbon oferece assessoria técnica para mensuração da área usando software com inteligência artificial e certificando os créditos identificados. Além disso, apoia os produtores rurais interessados em participar do mercado de crédito de carbono com consultorias e cursos especializados. A associação se coloca à frente para representar seus associados junto a órgãos governamentais e outras entidades do setor para potencializar o mercado de créditos no Brasil.

Adentrar nessa modalidade pode trazer diversos benefícios para os produtores rurais, como acesso a novos mercados que valorizam a sustentabilidade e remuneração pela adoção de práticas sustentáveis e redução de emissões.

|| Texto: Anderson Machado | Jornalista | comunicacao@abcarbon.org.br ||

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